Acabamentos

 
 Acabamentos:

Acabamentos

As operações de acabamentos podem anteceder a fiação ou a tecelagem. Mas antes do tecido ser enviado para a confecção, é necessário proceder ao melho­ramento de certas propriedades que até este momento não tinham sido consideradas como essenciais: aspecto, brilho, toque, cair, amarrotamento, resistência, estabilidade dimensional, etc.. Todas estas propriedades são determinantes no valor que o consumidor atribui ao tecido, constituindo o objectivo fundamental duma série de operações incluídas no acabamento propriamente dito.
É essencial que as características que o tecido possui não sejam afectadas de forma significativa pela limpeza e conserva­ção (lavagem, passagem a ferro, limpeza a seco, etc.). Assim o acabamento utilizado é, tal como o tipo da fibra e o tipo dos corantes utilizados, determinante da etiqueta de limpeza e con­servação a apor ao artigo têxtil.
Ao acabar um tecido (e incluímos no termo “tecido” todos os artigos têxteis laminares, ou seja, os tecidos propriamente ditos, as malhas, os não-tecidos, etc.), é necessário ter em conta toda a sua ‘história”, ou seja, por que fibras e fios é constituído, como foi tecido, como foi branqueado e que tipo de corantes foram utilizados. Caso se trate duma empresa vertical, toda esta infor­mação é facilmente transmitida ao sector dos acabamentos, con­trolado pelo mesmo departamento técnico central. Mas se se manda acabar o tecido a terceiros, é igualmente conveniente transmitir todos os dados possíveis sobre o tecido. Assim serão evitados muitos problemas e conflitos em caso de reclamação, podendo mais facilmente ser responsabilizado o acabador.

Podemos dividir as operações de acabamento em dois gran­des grupos: acabamentos mecânicos e acabamentos químicos. Os acabamentos mecânicos são aqueles em que se vão alterar as propriedades dos tecidos apenas por acções mecânicas, sem uti­lizar normalmente qualquer produto químico. Incluem, pois, todas as operações que são efectuadas sobre o tecido seco, inclusive a própria secagem. Os acabamentos químicos baseiam-se na apli­cação de substâncias que vão reagir com as fibras ou cuja sim­ples presença no tecido actua sobre as propriedades. Esta divisão é puramente artificial, pois na maior parte dos casos combina-se a acção mecânica com a acção química, mas é útil a sistematiza­ção das operações.

Acabamentos Químicos

Acabamentos Químicos

Os acabamentos químicos tradicionais limitavam-se a confe­rir aos têxteis um toque agradável e um peso (corpo) para os tornar mais atractivos para o consumidor.
Quando a partir de 1950 as fibras sintéticas começaram a invadir os mercados, a resposta por parte dos produtores de fibras naturais, sobretudo de algodão, foi a intensificação das pesquisas sobre as formas de obviar a alguns dos inconvenientes destas fibras, nomeadamente no que respeita à secagem, desenrugamento e estabilidade dimensional. Foi assim incrementado o uso das resinas sintéticas no acabamento têxtil, passando a exigir-se não só um determinado toque e corpo, como também, a obtenção para os tecidos de fibra natural de propriedades que são características das libras sintéticas.

Processos de Aplicação de Produtos de Acabamento

Processos de Aplicação de Produtos de Acabamento
Existem vários métodos para aplicar produtos de acabamento sobre um tecido:
- Depositar uma substância solúvel (neste caso, não há solidez à lavagem);
- Depositar ou formar um polímero à superfície das fibras (o que pode alterar o toque);
- Proceder por esgotamento, ou seja, “tingir” com produtos de acabamento que apresentam substantividade para com as fibras;
- Aplicar produtos que reagem quimicamente com as fibras;
- Modificar quimicamente a estrutura das próprias fibras, nomeadamente por enxerto de polímeros.

Na grande maioria dos casos, a aplicação dos produtos de acabamento faz-se pela seguinte técnica: fulardar, secar e even­tualmente “polimerizar” (pad-dry-cure), sendo o equipamento mais utilizado constituído por um foulard e uma râmola.

A taxa de expressão deve ser o menor possível, de forma a reduzir a energia necessária na secagem por evaporação. No entanto, é praticamente impossível descer abaixo dum determi­nado valor dependente da composição e contextura do tecido (no caso do algodão esse valor é de cerca de 70%). Por isso, surgiram as técnicas de aplicação mínima de produtos de acabamento.

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